segunda-feira, 26 de março de 2007

Pegada Ecológica




Eu preciso de 1,2 planetas Terra, e você, quanto precisa?*

*Clique na figura para saber, não deixe de postar seu resultado nos comentários.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Ainda esta dificil de acreditar?

Parte I
Aguarde, na próxima postagem a segunda parte desse importante documentário.

quarta-feira, 21 de março de 2007

A construção e o meio ambiente

Pesquisa internacional realizada pela Civil Engineering Research Foundation (CERF), entidade ligada ao American Society of Civil Engineers (ASCE) dos Estados Unidos, revelou que a questão ambiental é uma das maiores preocupações dos líderes do setor, logo atrás de informática.
A razão desta preocupação decorre de alguns fatores objetivos:
O maior consumidor de recursos naturais.
A construção civil é responsável por entre 15 e 50 % do consumo dos recursos naturais extraidos. Em países como o Reino Unido o consumo de materiais de construção civil é de aproximadamente 6 toneladas/ano.habitante.

O maior consumidor de recursos naturais:
O consumo de agregados naturais varia entre 1 e 8 toneladas/habitante.ano. No Brasil o consumo de agregados naturais somente na produção de concreto e argamassas é de 220 milhões de toneladas. Em volta das grandes cidades areia e agregados naturais começam a ficar escassos, inclusive graças ao crescente controle ambiental da extração das matérias primas. Em São Paulo a areia natural, em sua grande maioria viaja distâncias superiores a 100 km, elevando o custo para valores em torno de R$25/m3.
A construção civil consome cerca de 2/3 da madeira natural extraída e a maioria das florestas não são manejadas adequadamente.
Matérias primas escassas
Algumas matérias primas tradicionais da construção civil tem reservas mapeadas escassas. O cobre e o zinco, por exemplo, tem reservas suficientes apenas para 60 anos. Embora estes valores possam sempre ser questionados, certamente exercem influência no preço dos produtos, dificultando o uso.

Geração de poluição do ar
Além de extrair recursos naturais, a produção de materiais de construção também gera poluição: poeira, CO2. O processo produtivo do cimento necessariamente gera CO2 gás importante no efeito estufa. Para cada tonelada de clinquer produzido mais de
600 kg de CO2 são gerados. As medidas de produção ambiental de outras indústrias e o crescimento da produção mundial do cimento faz com que a participação do cimento no CO2 total gerado tenha mais que dobrado no período 30 anos (1950 e 1980). Outros materiais usados em grande escala tem problemas similares.

Construção: o maior gerador de resíduos
Finalmente a construção civil é certamente o maior gerador de resíduos de toda a sociedade. O volume de entulho de construção e demolição gerado é até duas vezes maior que o volume de lixo sólido urbano. Em São Paulo o volume de entulho gerado é de 2500 caminhões por dia. A Finlândia o volume de
entulho é o dobro do lixo sólido urbano. Os valores internacionais ocilam entre 0,7 a 1 ton/habitante.ano.
Em cidades brasileiras a maioria destes resíduos são depositados clandestinamente. Estes aterros clandestinos tem obstruído córregos e drenagens, colaborando em enchentes, favorecido a proliferação de mosquitos e outros vetores, etc. levando boa parte das prefeituras gastar grande quantidade de recursos públicos na sua retirada.

Vantagens ambientais da reciclagem:
Nem todas as atividades de reciclagem podem ter um balanço ambiental satisfatório. Este balanço vai depender de inúmeros fatores, desde especificidades tecnológicas, distâncias de transporte, etc. No entanto, na maioria dos casos

Reciclagem pode reduzir a poluição:
A reciclagem de resíduos pode reduzir a poluição. A utilização de escória de alto forno e cinzas volantes pela indústria cimenteira brasileira
reduz acentuadamente o volume de CO2 liberado na atmosfera. A reciclagem de sucata de aço reduz em cerca de 90 % a geração de resíduos minerais.

Reciclagem pode reduzir o consumo de recursos naturais:
A utilização de resíduos como matéria prima reduz a quantidade de recursos naturais retirados do meio ambiente. A reciclagem de uma tonelada de sucata de aço permite uma redução em 90% no consumo de materiais primas naturais.
O entulho de construção reciclado pode substituir em grande parte os agregados naturais empregados na produção de concreto, blocos e base de pavimentação.

Reciclagem pode reduzir o consumo de energia:
Muitas vezes a reciclagem pode reduzir o consumo de energia na produção de materiais. A reciclagem de sucata de aço permite a produção de um novo aço consumindo apenas aproximadamente 70% da energia gasta para produção a partir de materiais primas naturais. Já a utilização de sucata de vidro como matéria prima para a produção de vidro reduz apenas em cerca de 5% o consumo de energia. A substituição do clínquer Portland em 50 % por escória de alto forno permite uma redução de cerca 40 % no consumo de energia. Muitas vezes a distância de transporte é crítica em uma avaliação de balanço energético.

Redução do volume de aterro sanitário:
Os resíduos não reciclados são depositados em aterros sanitários. Estes aterros ocupam espaços cada vez mais valorizados, especialmente aqueles próximos aos grandes centros urbanos. Aterros sanitários concentram resíduos, muitos deles nocivos e significam risco de acidentes ambientais, mesmo que tomadas todas as medidas de técnicas de segurança.
Resíduo reciclado é produtivo e não ocupa espaço em aterros sanitários. Resíduos nocivos podem ser "encapsulados" no processo de reciclagem.

Vantagens econômicas da reciclagem:
A reciclagem pode auxiliar na produção de materiais de menor custo, colaborando na redução do custo das habitações, um dos mais caros e inacessíveis bens que produzimos e da infra-estrutura - rodovias, estradas de ferro, barragens, etc.
Fonte: USP

sexta-feira, 9 de março de 2007

Casa Auto Sustentável


Casa auto-sustentável - O desenvolvimento de novos materiais e processos construtivos chega enfim à maturidade, viabilizando o conceito de habitação que gera a energia de que precisa e ainda "exporta" a parte excedente para a rede pública. Isso se traduz, por exemplo, na existência de dois medidores de fluxo elétrico: o tradicional, que registra o consumo, e um segundo, para marcar a quantidade de energia fornecida pela habitação à rede pública. A conta final, de crédito ou débito, é expressada pela diferença entre esses dois números. O que implica também numa nova postura das autoridades e concessionárias de energia, que sempre direcionaram suas políticas no sentido da venda de eletricidade, nunca na compra de energia no mercado varejista representado pelo consumidor/produtor final.
E como as habitações conseguem essa proeza? Primeiro, com os novos painéis solares nos telhados, que já atingem altos graus de eficiência na transformação da energia luminosa em elétrica. Segundo, com o uso de materiais construtivos e equipamentos para regular e conservar a temperatura interna ideal com o mínimo de desperdício: paredes e pisos termo-isolantes, técnicas construtivas que permitam melhor aproveitamento dos recursos naturais (ventilação, por exemplo), filtros solares nas janelas, condicionadores de ar e aquecedores mais precisos, cabos condutores de eletricidade com menor perda, além de eletrodomésticos, torneiras e chuveiros mais econômicos.
Bio-construção - O processo não termina aí. A preocupação se estende ao uso de materiais que não agridam a natureza, tanto na fabricação da matéria-prima como na construção imobiliária em si e no uso posterior do imóvel. Substitutos da madeira, tintas e vernizes menos tóxicos, vidros com filtragem seletiva de raios solares (evitando excessos e raios nocivos), equipamentos para reutilização da água e reciclagem de outros materiais (reduzindo principalmente os rejeitos sanitários e seus efeitos ambientais), até mesmo isolantes acústicos mais perfeitos, técnicas construtivas que permitam reduzir o canteiro de obras e conseqüentemente a agressão ambiental causada pela construção em si (e pelas demolições necessárias), são alguns dos exemplos.
O impulso, na Europa, é dado por uma série de regulamentações transnacionais, como os acordos para o uso da madeira (projeto europeu de florestas certificadas), a certificação ambiental voluntária ISO 14001, as leis de orientação energética, o Plano Solar, as leis de renovação urbana, o conceito de Alta Qualidade Ambiental (haute qualité environnementale - HQE), o novo projeto europeu LCC-Refurb (Life Cycle Cost analysis in Building Refurbishment), o projeto de regulamentação térmica RT-2500 que será adotado em 2006. Aliás, a União Internacional dos Arquitetos (UIA) apresentou na conferência Batimat os resultados de seu programa de formação de arquitetos em desenvolvimento sustentável e integração de energias renováveis. Também está surgindo o Intelligent Building Group (IBG), para reunir os participantes desse novo mercado internacional de construções inteligentes.
E não se fala em redução de lucros, pelo contrário. Os industriais estão descobrindo um novo e lucrativo mercado para produtos com características de proteção ambiental, com maior durabilidade e menor despesa de fabricação. Os novos processos construtivos também resultam em economias importantes, que se traduzem num menor custo final das obras. O conhecimento dos novos materiais disponíveis no mercado permite aos empreendedores oferecer produtos imobiliários com novos atrativos aos consumidores. E estes ganham a perspectiva de menores custos de manutenção do imóvel, e até de obter algum lucro, como na possibilidade da venda da energia excedente.
Hoje, a noção de desenvolvimento durável é um fato. Esta é uma oportunidade de progresso e de agregar valor à construção. Tem-se que cada vez mais encontrar soluções visando reduzir o impacto de suas atividades sobre o meio-ambiente, desenvolver planos que se integrem à solidariedade social, tudo objetivando uma eficácia econômica durável.

quinta-feira, 8 de março de 2007

A transição para a economia do hidrogênio



Nós estamos presentemente no limiar de uma transição histórica, da idade do petróleo para a idade do hidrogênio. Eu posso expressar isto com toda confiança, por três razões:

(1) As emissões resultantes da queima do petróleo já demonstraram o impacto devastador sobre o ambiente, em termos de poluição do ar e alteração climática, o que tende a aumentar com o aumento do consumo de energia.

(2) A produção global de petróleo chegará ao ápice nas próximas duas ou três décadas, e a partir daí o preço do petróleo se elevará continuadamente.

(3) As reservas remanescentes de petróleo estarão concentradas no Oriente Médio, política e socialmente tida como a região mais instável do mundo. Isto significa que o petróleo do Golfo Pérsico não oferecerá competitividade com outras fontes de energia, a se levar em conta os altos custos militares de segurança para manter fluxo contínuo. Nos Estados Unidos os custos militares para proteger cada barril de petróleo, já são mais altos que o custo do próprio petróleo, durante os últimos 10 anos, e com as novas políticas adotadas na administração Bush os custos tendem a se elevar.

Somados estes três aspectos da economia do petróleo, é evidente que o petróleo se tornará, eventualmente, não competitivo, quando comparado com o hidrogênio, e assim não valerá a pena investir na sua extração. O contexto tecnológico e político da transição para o hidrogênio, ainda não está claro, mas devemos nos dar conta que as modificações evolutivas de tal magnitude não podem ser evitadas por atividades políticas de curto prazo.

A transição para economia do hidrogênio resultará profundas conseqüências sociais e políticas, à medida que os paises gradualmente vão se tornando independentes do petróleo importado. Isto fundamentalmente modificará as práticas político-militares e de relações exteriores dos Estados Unidos, especialmente no Oriente Médio – práticas estas que são presentemente conduzidas pela percepção do petróleo como “recurso estratégico”. Esta mudança contribuirá expressivamente para o aumento da segurança mundial.

A economia do hidrogênio será ainda mais importante no mundo em desenvolvimento, onde a carência de energia, especialmente eletricidade, é fator chave na perpetuação da pobreza. Vilas e vilarejos nos mais distantes pontos do planeta poderão instalar tecnologias de energia renovável: fotovoltaica, eólica ou biomassa, para produzir hidrogênio a partir da água e fazer estoques para uso subseqüente em células combustíveis. A meta tem que embasar o fornecimento de células estacionárias de energia para cada vilarejo ou vizinhança no mundo em desenvolvimento. Ao se preencher as necessidades energéticas com recursos renováveis e hidrogênio, neste mundo em desenvolvimento, antecipam os bilhões de pessoas ultrapassando a barreira da pobreza.

Adicionalmente á geração de eletricidade, as células de hidrogênio também produzem água pura potável como produto derivado, vantagem significativa em comunidades remotas, onde o acesso à água limpa é freqüentemente difícil.